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domingo, 19 de julho de 2015

Cultivo do Araçá-boi

Descrição da planta
O araçá-boi (Eugenia stipitata) é uma fruteira da Amazônia Ocidental, usualmente cultivada no Brasil, Perú e Bolívia. Este fruto pertence a família das Mirtaceas, que é a mesma da goiaba e jabuticaba. A planta é um arbusto com cerca de três metros de altura, com ramos desde o solo. O fruto tem cor amarelada quando maduro, contém em média 11 sementes e chega a pesar 450 gramas. Aspectos nutricionais Vitamina A 7.75 µg. Cinzas 0,30 µg. Vitamina B 9.84 µg. Lipídios 0,20 µg. Vitamina C 23.30 µg. Carboidratos 8,90 µg. Proteína 0.60 µg. Energia 39,80 kcal Recomendações agronômicas Cresce bem em solos de baixa fertilidade, com pH aproximado de 4,0 a 4,5 e em regiões com chuvas desde 1.700 mm até 3.150 mm anuais, e temperatura média ao redor de 25ºC. Para a produção de mudas podem ser utilizados viveiros rústicos, feitos com estacas de madeiras e cobertos de palha. O leito da sementeira pode ser feito com serragem de madeira, se possível semi-curtida. A semeadura deve ser feita a 1,0 cm de profundidade, com 2,0 cm entre sementes e 4,0 cm entre linhas. Mudas do araçá-boi
A germinação é demorada, iniciando após 3 meses da semeadura, podendo levar até 1 ano para ser concluída. Para abreviar este período, as sementes podem ser descascadas com muito cuidado, com o auxílio de uma lâmina de barbear (ou outra maneira de escarificar), o que reduz o tempo de germinação) para entre 30 a 180 dias. As plântulas podem ser repicadas quando tiverem cerca de 6 a 10 folhas (ou mais ou menos 10 cm de altura), para sacos plásticos e levadas ao viveiro. A irrigação deve ser diária e não excessiva. O plantio definitivo deve ser feito com mudas selecionadas pelo vigor e sanidade. As covas devem ter dimensões de 40 x 40 x 40 cm, utilizando-se 10 kg de esterco de curral ou 3 kg de esterco de galinha já curtido. O espaçamento no campo deve ser de 4m x 4m, o que dará 625 plantas/hectare. Nos 2 primeiros anos não mais será necessário fazer-se adubação. Após este período, indica-se 10 litros de esterco/planta/ano. Quanto ao aspecto fitossanitário, a espécie é muito rústica. Como praga verificou-se a ocorrência de moscas de frutas (Anastrepha spp.), atacando os frutos. O controle deste inseto pode ser feito com o uso de iscas coletoras de moscas e coleta de todos os frutos caídos. Aqueles atacados, que não foi possível utilizar, enterrar a um metro de profundidade. No caso de doenças foi constatada a Antracnose em frutos, causada por Puccinia psidii. Ambos os patógenos podem ser controlados com maior aeração das plantas e puverizadas com fungicidas à base de cobre. Colheita Fruto do araçá-boi O araçá-boi começa a florar e frutificar normalmente após 2 anos do plantio no campo. Com a planta bem nutrida e adequado suprimento de água, floresce e frutifica continuamente o ano inteiro. Quando da máxima produção, devem ser feitas três colheitas por semana, apanhando os frutos ainda na planta, evitando os que caíram no chão, de modo a não depreciá-los. Os frutos de araçá-boi quando maduros são muito delicados, amassando-se com facilidade e portanto, são difíceis de serem transportados por longas distâncias. De preferência, quando se dispõe de uma grande quantidade de frutos, recomenda-se que seja feito o beneficiamento da polpa e que esta seja comercializada congelada. Usos e perspectivas A polpa do fruto é mole e sucosa, de cheiro agradável e de sabor ácido, podendo ser usada para refresco, sorvete, creme e outros. O aroma se perde facilmente com o calor, assim as geléias não mantêm o aroma original da fruta. A espécie apresenta potencial para conquistar um lugar de destaque no mercado nacional e internacional, principalmente como refresco natural, podendo ainda ser comercializada como polpa congelada ou suco engarrafado. Por: Mylena Panza

sábado, 13 de junho de 2015

5 dicas para escolher e conservar melhor frutas e verduras


Escolher e conservar as frutas e verduras é um real desafio para os consumidores. Além disso, é um “problema” que se intensifica durante essa época do ano devido ao aumento das temperaturas. Por ser um tema muito complexo - e com especificidades, a Globo Rural, inclusive, já fez um infográfico incrível sobre este tema. Confira aqui!  
Mas agora decidimos reunir algumas dicas mais sucintas e gerais dadas pela Aphortesp (Associação dos Produtores e Distribuidores de Hortifrútis do Estado de São Paulo) para que seus produtos não sejam perdidos nesse calorão de início de ano.

Confira:
1 – Visual

Sempre que escolher as frutas, certifique-se que o seu produto não apresente partes amolecidas, manchadas, mofadas, de cores alteradas, com perfurações ou enrugamentos. 

2 – Timing

Se puder, mantenha-se informado sobre as frutas e legumes da estação. Assim, o produto se adaptará melhor aos seus cuidados, pois são mais econômicos e conservam melhor o nutriente.

3 – Para guardar hortaliças

Quando ficarem fora da geladeira, elas devem ser mantidas com a parte inferior da planta (talos e caules) em uma vasilha com água ou num saco plástico aberto. Mas cuidado, ambas as técnicas só darão certo se estiverem em local bem fresco e por apenas um dia.

Já na geladeira, use um saco de plástico ou uma vasilha tampada, retirando as folhas de acordo com o consumo.

4 – Para guardar frutas

As frutas devem ser mantidas com casca e sem lavar. Essa medida é boa, pois podem ocorrer danos com o fruto no processo de lavagem. Especialistas apontam essa a maior “porta de entrada” para doenças.

5 – Pense no próximo

Uma boa dica – de companheirismo – é selecionar o produto com os olhos e não com as mãos. Assim, a fruta ou hortaliça não fica amassada ou perfurada. “É preciso ter cuidado ao manusear os alimentos, valorizar que aquele produto in natura já foi previamente selecionado para estar no ponto de venda, e se às vezes o tamanho de uma fruta não agrada a um comprador, por exemplo, pode, ao contrário, ser exatamente o que outro comprador procura”, alerta Danilo Duarte, associado da Aphortesp.
Por: Gabrielly Melo

sábado, 23 de maio de 2015

8 Origens Mitológicas das Frutas

De proibidas a afrodisíacas, as frutas reúnem, ao redor do mundo, algumas lendas bem interessantes sobre suas origens. Contos havaianos que mostram a (estranha) relação entre testículos e a fruta-pão, tragédias gregas envolvendo maçãs e amoras, contos horrorosos sobre o coco e muito mais.
Confira como essas histórias totalmente inusitadas sobreviveram durante séculos na nossa lista especial de oito origens mitológicas das frutas.
agricultura_coco_fruta (Foto: Beto Tchernobilsky/Ed. Globo)
Cocos decapitados
A lenda relacionada a esse fruto tão refrescante não é nada positiva. Afinal, a história contada é que, muito tempo atrás, na Nova Inglaterra, um garoto foi comido quase inteiro – menos sua cabeça - por um tubarão. Depois de alguns dias, a cabeça do menino teria aparecido em cima de um coqueiro. Assustador, certo?

maca_pesquisa (Foto: Thinkstock)
Hércules e a origem da maçã
Na mitologia grega, a maçã era considerada um fruto dos deuses. Presente da deusa Terra para Zeus e Hera, a fruta era tão importante que sua plantação tinha a proteção de um dragão de cem cabeças e três ninfas.
A questão, no entanto, é que Hércules foi incumbido – em uma de suas 12 missões – de trazer as maçãs douradas. Para isso, o filho de Zeus enganou Atlas (responsável por colher o fruto) e por esse motivo seu pai mandou construir os “pilares de Hércules” como punição.
vida_na_fazenda_como_plantar_amora (Foto: Thinkstock)
As amoras de sangue
Também da mitologia grega, a lenda conta como as amoras, que eram brancas, se tornaram vermelhas - ou manchadas de sangue. Na lenda, um casal cai nas graças do azar: Píramo crê, erroneamente, que sua amante Tisbe havia sido assassinada por um leão, e então decide tirar sua própria vida. Mas a verdade é que Tisbe apenas se assustou com a presença do animal e acabou deixando seu xale cair no chão manchado de sangue. Quando Tisbe o encontra, escolhe acompanhá-lo e também se suicida. Como em uma peça shakeasperiana, as amoras mudaram de cor por testemunharem tamanha tristeza.
sabugueiro_fruto_baga (Foto: Reprodução/WikimediaCommons)
Sabugueiro na vida e morte humana
Oriundo de uma sociedade nativa americana, o mito do arbusto de sabugueiro é contado para explicar por que os seres humanos têm vidas curtas. Segundo a história, uma Pedra e um Sabugueiro discutiam para ver quem teria filhos antes. A pedra propôs um acordo: se tivesse primeiro, os humanos teriam vida longa. Mas se o sabugueiro fosse mais rápido, vida mais curta. Ambos entraram em trabalho de parto ao mesmo tempo, mas um gigante sábio interferiu. Ele foi até o Sabugueiro, o tocou e disse que já estava na hora de parir – assim a árvore venceu a aposta e por isso os humanos não possuem vida eterna.
Essa também é considerada a “razão” de arbustos sabugueiros serem vistos crescendo em túmulos e cemitérios.
fruta_pão_frutas (Foto: Reprodução/NutriçãoAlquimia)
Fruta-pão, fome e testículos
Quem tem boas histórias sobre a origem da Artocarpus incisa, ou fruta-pão, são os havaianos. No folclore local, a ilha de Waiakea passava por uma fome devastadora, quando um homem chamado Ulu morreu. No local onde foi enterrado, nasceu uma árvore cheia de frutas que salvou a população da fome.
Outro conto envolve o sacrifício de um homem por sua família. Mais uma vez, quando enterrado, uma árvore cresceu na região dos seus testículos. Na lenda, deuses experimentaram da fruta e gostaram. Quando descobriram o “local” de origem, vomitaram a fruta e suas sementes, espalhando-as em todo o arquipélago.
hortifruti_figo (Foto: Marcelo Curia/Editora Globo)
Figos para um bom anfitrião
Segundo mito grego, enquanto procurava por sua filha (raptada por Hades) na Terra, a deusa Deméter agradeceu o acolhimento de um homem comum chamado Phytalos com as primeiras árvores de figo da história. Depois disso, os frutos prosperaram nas terras férteis ao redor de Atenas e no resto do mundo.

hortifruti_manga (Foto: Ernesto de Souza / Ed. Globo)
Manga venenosa
Uma lenda contada é a de uma ave que levou uma semente de manga ao seu rei. Quando a árvore deu frutos, ele ordenou que um senhor comesse antes de todos. Mas o azar foi que, na história, o pedaço de manga tinha sido envenenado por uma cobra. O veneno caiu na árvore quando uma águia carregava a cobra até seu ninho. E por causa disso, o senhor morreu, o rei ficou traumatizado e só foram confiar no fruto muitos anos depois.
como_plantar_abacaxi (Foto:  )
Abacaxi e a preguiça
A lenda popular conta a história de Pina, uma menina bonita, mas preguiçosa. Segundo o conto popular, Pina era muito egoísta e não ajudava a sua família em nada. Um dia, recusou ajudar sua mãe e suas irmãs doentes. Irritada com a ação da filha, a mãe acabou desejando – na fúria do momento – que sua garota ganhasse cem olhos para que pudesse ver o que fazia com seus parentes próximos.
No dia seguinte Pina desapareceu e meses depois sua mãe a encontrou no formato de um abacaxi - com os “cem olhos” desejados por ela.