quarta-feira, 27 de maio de 2015

COMO PLANTAR TOMATE

Tomates
Tomates - imagem original: The Ewan - 
O tomate (Solanum lycopersicum, anteriormente denominado Lycopersicum esculentum) é um dos frutos mais cultivados do mundo, havendo milhares de cultivares que variam na forma, tamanho, cor e sabor.
Cultivado nos Andes, na América Central e no México muito antes das viagens marítimas europeias, o tomateiro foi introduzido na Europa no século XVI, sendo primeiramente cultivado como planta ornamental nos jardins, pois foi inicialmente considerado inadequado para o consumo, visto que é uma planta da família da mortal beladona (Atropa belladonna), a família das solanáceas, que também inclui outras plantas tóxicas. De fato, as folhas e os caules do tomateiro contêm os alcaloides tóxicos tomatina e solanina, e até mesmo os frutos imaturos contêm estas substâncias, porém em pequenas quantidades, de forma que o consumo de tomates verdes geralmente não causa intoxicação, embora isto possa ocorrer caso sejam consumidos em grandes quantidades. Além disso, há alguns estudos que sugerem que o consumo moderado de tomatina traz benefícios para a saúde. Quando o tomate amadurece completamente, estes alcaloides normalmente desaparecem.
Os tomates cultivados atualmente variam bastante no tamanho, indo dos pequenos tomberries, com cerca de 5 mm de diâmetro, a grandes tomates com mais de 10 cm de diâmetro. Também variam muito na forma, indo de tomates arredondados e lisos a tomates ovalados, oblongos, angulosos, tomates com formato de pera e tomates ocos que lembram um pimentão ou pimento. Quanto a cor, os tomates geralmente são vermelhos quando maduros, mas há cultivares amarelos, laranja, rosados, brancos, creme, roxos e tomates que permanecem verdes quando maduros, além de haver tomates bicolores rajados.
A principal característica que varia nos tomateiros é o hábito de crescimento, sendo que uma parte dos cultivares tem hábito determinado, formando moitas e produzindo todos os frutos em um curto período de tempo, e outra parte dos cultivares têm um hábito indeterminado, com ramos que continuam crescendo por vários metros, que necessitam de tutoramento e que continuam produzindo frutos enquanto a planta cresce (o maior tomateiro que se tem registro alcançou quase 20 m de comprimento). Além destes dois hábitos principais, há também cultivares com um hábito intermediário, crescendo mais que os tomateiros de hábito determinado, e assim necessitam tutoramento, mas que apresentam um crescendo limitado. Outro tipo são os cultivares anões, que podem ser considerados como sendo do tipo determinado, mas que têm a distinção de serem plantas bastante pequenas.
Tomateiros cultivados em sacos plásticos
Tomateiros cultivados em sacos plásticos - imagem original: Abd Gani Atan - 

Clima

Os tomateiros são cultivados no mundo todo, mas não suportam extremos de temperatura, ou seja, não crescem bem nem em baixas temperaturas (temperaturas diurnas abaixo de 16°C), que prejudicam o crescimento da planta e diminuem a taxa de germinação das sementes, nem em altas temperaturas (acima de 27°C), que podem prejudicar a formação dos frutos. Geralmente o tomateiro cresce melhor com temperaturas diurnas entre 20°C e 26°C, com uma variação de temperatura entre o dia e a noite. Em regiões sujeitas a geadas e a baixas temperaturas, os tomateiros costumam ser cultivados dentro de estufas.
Quanto à umidade do ar, os tomateiros são sujeitos a menos doenças quando cultivados sob uma condição de baixa umidade do ar. Alta umidade do ar favorece o surgimento de doenças e pragas nas plantações de tomate.
Estufa com tomateiros
Tomates cultivados em uma estufa - imagem original: Thomas Bresson - 

Luminosidade

Os tomateiros geralmente crescem e produzem melhor em condições de alta luminosidade, com sol direto pelo menos algumas horas por dia.

Solo

O tomateiro é tolerante quanto ao tipo de solo, devendo-se apenas evitar solos argilosos com tendência ao encharcamento.
Os melhores resultados são obtidos em um solo bem drenado, fértil e rico em matéria orgânica, com pH entre 5,5 e 7.
Atualmente o tomateiro é também muito cultivado em estufas sem o uso de solo natural. Por exemplo, é cultivado com o uso de solos artificiais, sistemas hidropônicos e sistemas aeropônicos.
Tomateiro em um balde
Tomateiro cultivado em um balde plástico - imagem original: inspector_81 - 

Irrigação

Irrigue de forma a manter o solo sempre úmido, mas sem que permaneça encharcado.
Mudas de tomateiro
Mudas de tomate - imagem original: Glenn - 

Plantio

As sementes de tomate podem ser semeadas diretamente no local definitivo ou em sementeiras, copos ou saquinhos de plástico ou papel, com cerca de 10 cm de altura e 7 cm de diâmetro. Coloque de duas a cinco sementes em cada recipiente, a no máximo 1 cm de profundidade, deixando posteriormente apenas uma ou duas plantas por contêiner, mantendo as mudas que são mais vigorosas. O transplante das mudas de tomate é realizado quando as mudas atingem de 15 cm a 25 cm de altura, e no transplante parte do caule pode ser enterrado para propiciar o surgimento de mais raízes.
O espaçamento recomendado varia amplamente e depende da variedade cultivada e das condições de cultivo. Em geral, os cultivares de hábito indeterminado podem ser cultivados com um espaçamento de 50 cm a 1,6 m entre plantas, e os cultivares de hábito determinado podem ser cultivados com um espaçamento de 50 cm a 1 m entre plantas. Cultivares anões podem ser plantados com um espaçamento de 30 cm entre as plantas.
Os tomateiros podem ser plantados em vasos, jardineiras, cestas suspensas, sacos plásticos com terra e outros tipos de contêineres, mas o cultivar a ser plantado deve ser escolhido de acordo com o tamanho da planta e do recipiente. Em vasos grandes é possível plantar a maioria dos cultivares, senão todos, mas as plantas podem ter seu tamanho e sua produtividade limitadas. Há cultivares de porte anão que podem ser cultivados até mesmo em vasos relativamente pequenos, e que além de produzir frutos, também são bastante ornamentais.
Caramanchão com tomateiro
Caramanchão com tomateiro - imagem original: Ben Ostrowsky - 

Tratos culturais

Muitos cultivares de tomate apresentam crescimento indeterminado e precisam ser cultivados com tutoramento. Isso pode ser feito amarrando a planta a uma cerca, a varas dispostas em X ou a um caramanchão, a cada 10 ou 15 dias. A altura mínima do suporte deve ser de 1,5 m (geralmente é de mais de 2 m). Nestes cultivares as flores e frutos surgem continuamente ao longo do ramo, assim os brotos laterais podem ser removidos das plantas semanalmente, para manter um crescimento linear até que a planta atinja a altura máxima do suporte.
Para os cultivares que têm crescimento determinado não há necessidade de tutoramento, e os brotos laterais da planta não devem ser retirados, pois são os novos ramos que produzem flores e frutos. Estes tomateiros são mais compactos e são bastante ramificados.
Para os cultivares que apresentam características intermediárias entre os tipos de crescimento determinado e os tipos de crescimento indeterminado, também são usados suportes.
Retire as plantas invasoras que estiverem concorrendo por recursos e nutrientes.
Tomates-pera amarelo
Tomates-pera amarelos - imagem original: emerson12 - 

Colheita

O início da colheita depende do cultivar de tomate plantado e das condições de cultivo. Geralmente a colheita dos tomates inicia-se em 7 ou 8 semanas após o plantio para cultivares de crescimento determinado, e de 10 a 16 semanas para cultivares de grande porte.
Para a grande maioria dos cultivares, os frutos serão mais saborosos se colhidos quando estão completamente maduros, visto que a concentração de açúcares será maior se o fruto permanecer na planta até sua completa maduração.
Tomateiros são plantas perenes de vida curta e em condições adequadas podem produzir frutos por alguns anos, embora essa não seja essa a prática em plantações comerciais, onde os tomateiros são cultivados apenas por alguns meses.
Tomates-cereja
Tomates-cereja - imagem original: Dwight Sipler - 

Por: Mylena Panza

terça-feira, 26 de maio de 2015

Aproveitamento Integral de Alimentos

Em um levantamento de 2014, o Banco Mundial estimou que, anualmente, de um terço a um quarto dos alimentos produzidos para o consumo humano é perdido ou desperdiçado. Na América Latina, cerca de 15% dos alimentos disponíveis entram na mesma categoria. Dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) apontam que o consumo humano é o segmento em que há mais desperdício, representando 28% do total. 
Segundo a FAO, a comida desperdiçada no varejo, que representa 17% do total perdido, poderia satisfazer as necessidades alimentícias de mais de 30 milhões de pessoas que vivem na região, o equivalente a 65% dos indivíduos que sofrem fome. Há diversas práticas para diminuir esse desperdício. A mais indicada delas, de acordo com a ONG Banco de Alimentos, é o chamado Aproveitamento Integral dos Alimentos (AIA). 
Para a nutricionista Camila Kneip, coordenadora de Nutrição da Banco de Alimentos, reduzir o descarte de comida depende das mudanças de hábitos nos lares. “Jogar alimentos fora é um hábito tradicional da população brasileira que normalmente não utiliza as partes não convencionais que podem ser aproveitadas para preparar pratos saudáveis e sustentáveis.”  
Camila diz que o AIA está associado a ganhos para toda sociedade. Além de auxiliar no combate à fome, a nutricionista aponta apara redução de lixo produzido. “A maior parte do lixo do brasileiro é composta por alimentos, cerca de 65% de nosso lixo é orgânico.  Se não tratado, ele gera chorume que polui águas. Este lixo também promove a liberação de gás metano, que pode colaborar com o aumento do efeito estufa e, consequentemente, com alterações climáticas”
Nas receitas preparadas com o conceito de AIA, explica Camila, são utilizadas folhas, cascas, entrecascas, talos e sementes, que possuem alto valor nutricional. “Tudo pode ser aproveitado. O conceito do não desperdício e do AIA pode e deve ser realizado no dia a dia por qualquer pessoa, independentemente da classe socioeconômica.” Para nutricionista, eliminar preconceitos alimentares, como  a idéia de que esse tipo de alimentação é somente para população de baixa renda, é essencial para mudança de hábito.
Para os leitores que quiserem iniciar um consumo de forma mais sustentável, separamos algumas receitas e dicas fornecidas pelo Banco de Alimentos para melhor aproveitar os elementos encontrados em cada tipo de comida.
Receitas Salgadas*:
Receitas Doces*
*Receita fornecida pela ONG Banco de Alimentos
Dicas:

Por: Gabrielly Melo

Jardim de pimentas em casa

       Após conquistarem a cozinha com seu sabor marcante e versatilidade nas receitas, as pimentas passaram a ocupar espaços de destaque também na decoração de casa. “O limite é a criatividade. Elas enfeitam e fazem bonito em canteiros, vasos ou jardins verticais”, enfatiza Valéria Côrrea, engenheira agrônoma do Primavera Garden Center.
Originárias das Américas, as pimentas do gênero Capsicum apresentam diversas cores – amarelo, laranja, roxo e verde – e são facilmente encontradas nas lojas especializadas e redes de varejo. “Entre as mais conhecidas estão a dedo-de-moça, malagueta e de cheiro. Mas há outras variações e novidades nas prateleiras, vale conferir”, diz a paisagista Anna Saraceni.

No verão o cultivo é favorecido. “Tratam-se de plantas que gostam de climas tropicais. Assim, em regiões mais frias, essa é a época ideal para o plantio”, conta Anna. Segundo o agricultor Marcelo Abumussi, da Fazenda Ituaú, esta é uma espécie que não produz no frio, somente nas estações mais quentes do ano.
Como plantar
Então, mãos à obra! O cultivo é simples e semelhante para todas as variedades – isso vale também para os pimentões. “O solo deve ser fértil, leve e bem drenado. É importante garantir o mínimo de seis horas de insolação diária, direta ou não”, ensina Anna.
A rega é outro ponto fundamental, pois a falta de água pode reduzir a produtividade. “De maneira geral, três vezes por semana é suficiente. Mas preste atenção na quantidade, pois o excesso também causa danos. Água demais pode facilitar a proliferação de doenças”, explica Valéria.
Acerte no vaso
Divulgação
Planta tropical, a pimenta tabasco é de fácil cultivo
Depois de aprender como plantar é preciso definir o local. Para quem não dispõe de muito espaço,vasos são ideais. “Se forem muito pequenos, elas devem ser plantadas individualmente”, alerta Anna. Já em vasos maiores é possível criar combinações com espécies variadas. “Mescle diferentes cores e formas dos frutos. O resultado é sempre decorativo e agradável, seja qual for a combinação”, conta Valéria.
Se o cultivo for realizado diretamente no solo ou em canteiros espaçosos, deve-se observar a distância entre as plantas. “É preciso respeitar o espaço mínimo entre cada planta para que todas cresçam saudáveis”, ressalta.
Vale lembrar que ao plantar diferentes variedades no mesmo local existe a possibilidade de ocorrer a polinização cruzada. “Isso pode alterar as características dos frutos, cor e forma, por exemplo. Para ornamentação pode ser uma experiência interessante”, diz Abumussi.
Apesar de não serem tóxicos, os exemplares cultivados com a finalidade de ornamentação podem conter agrotóxicos. “Nesse caso, os frutos não devem ser consumidos”, alerta Valéria. Além disso, é preciso atenção e cuidado para determinar o local onde os exemplares serão colocados, principalmente quando há crianças em casa. O simples manejo pode causar irritação na pele, boca e olhos.
Escala da ardência
Divulgação
Pimenta ornamental do Primavera Garden
A escala Scoville foi criada pelo químico norte-americano Wilbur Scoville, em 1912, para medir o grau de ardência das diferentes espécies de pimenta. O estudioso desenvolveu uma forma de mensurar a quantidade de capsaicina (ingrediente ativo que causa o ardor, cuja pontuação, quando pura, é de 15.000.000 a 16.000.000) presente em cada exemplar.
Por: Fª Jaqueline 

sábado, 23 de maio de 2015

Brigadeiro de Casca de Banana

Ingredientes:
1 lata de Leitecondensado
1 colher de sopa de manteiga sem sal
2 colheres de sopa de chocolate em pó
Casca de 1 banana
1 ½ xícara de chá de chocolate granulado
Modo de preparo:
Higienizar as cascas de banana com hipoclorito de sódio, seguindo as instruções de rotulagem. Cortar a casca de banana em cubinhos. Bater todos os ingredientes no liquidificador. Levar para uma panela média e deixar até que o brigadeiro solte do fundo da panela. Deixar esfriar. Enrolar e passar no chocolate granulado.
Rendimento: 25 porções de 20,3g cada.
Valor Nutricional: Vitamina C, Fósforo, Potássio e fibras
Dicas: A casca da banana possui mais potássio que a própria fruta. Aproveite esta parte que dá tanto sabor e saúde às preparações!
Por: Gabrielly Melo

8 Origens Mitológicas das Frutas

De proibidas a afrodisíacas, as frutas reúnem, ao redor do mundo, algumas lendas bem interessantes sobre suas origens. Contos havaianos que mostram a (estranha) relação entre testículos e a fruta-pão, tragédias gregas envolvendo maçãs e amoras, contos horrorosos sobre o coco e muito mais.
Confira como essas histórias totalmente inusitadas sobreviveram durante séculos na nossa lista especial de oito origens mitológicas das frutas.
agricultura_coco_fruta (Foto: Beto Tchernobilsky/Ed. Globo)
Cocos decapitados
A lenda relacionada a esse fruto tão refrescante não é nada positiva. Afinal, a história contada é que, muito tempo atrás, na Nova Inglaterra, um garoto foi comido quase inteiro – menos sua cabeça - por um tubarão. Depois de alguns dias, a cabeça do menino teria aparecido em cima de um coqueiro. Assustador, certo?

maca_pesquisa (Foto: Thinkstock)
Hércules e a origem da maçã
Na mitologia grega, a maçã era considerada um fruto dos deuses. Presente da deusa Terra para Zeus e Hera, a fruta era tão importante que sua plantação tinha a proteção de um dragão de cem cabeças e três ninfas.
A questão, no entanto, é que Hércules foi incumbido – em uma de suas 12 missões – de trazer as maçãs douradas. Para isso, o filho de Zeus enganou Atlas (responsável por colher o fruto) e por esse motivo seu pai mandou construir os “pilares de Hércules” como punição.
vida_na_fazenda_como_plantar_amora (Foto: Thinkstock)
As amoras de sangue
Também da mitologia grega, a lenda conta como as amoras, que eram brancas, se tornaram vermelhas - ou manchadas de sangue. Na lenda, um casal cai nas graças do azar: Píramo crê, erroneamente, que sua amante Tisbe havia sido assassinada por um leão, e então decide tirar sua própria vida. Mas a verdade é que Tisbe apenas se assustou com a presença do animal e acabou deixando seu xale cair no chão manchado de sangue. Quando Tisbe o encontra, escolhe acompanhá-lo e também se suicida. Como em uma peça shakeasperiana, as amoras mudaram de cor por testemunharem tamanha tristeza.
sabugueiro_fruto_baga (Foto: Reprodução/WikimediaCommons)
Sabugueiro na vida e morte humana
Oriundo de uma sociedade nativa americana, o mito do arbusto de sabugueiro é contado para explicar por que os seres humanos têm vidas curtas. Segundo a história, uma Pedra e um Sabugueiro discutiam para ver quem teria filhos antes. A pedra propôs um acordo: se tivesse primeiro, os humanos teriam vida longa. Mas se o sabugueiro fosse mais rápido, vida mais curta. Ambos entraram em trabalho de parto ao mesmo tempo, mas um gigante sábio interferiu. Ele foi até o Sabugueiro, o tocou e disse que já estava na hora de parir – assim a árvore venceu a aposta e por isso os humanos não possuem vida eterna.
Essa também é considerada a “razão” de arbustos sabugueiros serem vistos crescendo em túmulos e cemitérios.
fruta_pão_frutas (Foto: Reprodução/NutriçãoAlquimia)
Fruta-pão, fome e testículos
Quem tem boas histórias sobre a origem da Artocarpus incisa, ou fruta-pão, são os havaianos. No folclore local, a ilha de Waiakea passava por uma fome devastadora, quando um homem chamado Ulu morreu. No local onde foi enterrado, nasceu uma árvore cheia de frutas que salvou a população da fome.
Outro conto envolve o sacrifício de um homem por sua família. Mais uma vez, quando enterrado, uma árvore cresceu na região dos seus testículos. Na lenda, deuses experimentaram da fruta e gostaram. Quando descobriram o “local” de origem, vomitaram a fruta e suas sementes, espalhando-as em todo o arquipélago.
hortifruti_figo (Foto: Marcelo Curia/Editora Globo)
Figos para um bom anfitrião
Segundo mito grego, enquanto procurava por sua filha (raptada por Hades) na Terra, a deusa Deméter agradeceu o acolhimento de um homem comum chamado Phytalos com as primeiras árvores de figo da história. Depois disso, os frutos prosperaram nas terras férteis ao redor de Atenas e no resto do mundo.

hortifruti_manga (Foto: Ernesto de Souza / Ed. Globo)
Manga venenosa
Uma lenda contada é a de uma ave que levou uma semente de manga ao seu rei. Quando a árvore deu frutos, ele ordenou que um senhor comesse antes de todos. Mas o azar foi que, na história, o pedaço de manga tinha sido envenenado por uma cobra. O veneno caiu na árvore quando uma águia carregava a cobra até seu ninho. E por causa disso, o senhor morreu, o rei ficou traumatizado e só foram confiar no fruto muitos anos depois.
como_plantar_abacaxi (Foto:  )
Abacaxi e a preguiça
A lenda popular conta a história de Pina, uma menina bonita, mas preguiçosa. Segundo o conto popular, Pina era muito egoísta e não ajudava a sua família em nada. Um dia, recusou ajudar sua mãe e suas irmãs doentes. Irritada com a ação da filha, a mãe acabou desejando – na fúria do momento – que sua garota ganhasse cem olhos para que pudesse ver o que fazia com seus parentes próximos.
No dia seguinte Pina desapareceu e meses depois sua mãe a encontrou no formato de um abacaxi - com os “cem olhos” desejados por ela.

Como Plantar Melissa

A melissa (Melissa officinalis) é uma espécie aromática de origem europeia e largo emprego medicinal nos quatro cantos do planeta. Ela se espalhou pelo mundo devido principalmente a suas qualidades funcionais. Suas propriedades fitoterápicas são conhecidas desde a Grécia Antiga, onde era cultivada em praças e jardins privados - entre outras coisas, os gregos atribuíam a ela a capacidade de fortalecer o coração e o cérebro.
No Brasil, a melissa é afamada como antiespasmódico e calmante - a infusão do chá de suas folhas ajuda a conciliar o sono, reduzir a ansiedade e a tensão nervosa. No entanto, a população também a usa para aliviar gases, cólicas e enxaquecas. Na culinária, seu sabor é apreciado no preparo de pratos doces, como sorvetes, e de temperos para receitas com aves e frutos do mar. Por ser usada tanto como alimento quanto produto medicinal, a melissa conta com uma boa demanda no mercado varejista.
De porte arbustivo, com altura que pode chegar a 80 centímetros, a melissa possui folhas grandes e ovais, com bordas picotadas, de cor verde intensa na parte superior e verde-claro na inferior. É toda recoberta por uma lanugem, e suas folhas se apresentam no formato de um cálice tuboso. A planta exala um perfume cítrico, parecido com o do limão, motivo pelo qual muitas vezes é confundida com ervas distintas. É importante identificá-la corretamente, especialmente quando o objetivo é usá-la como remédio - nunca tome gato por lebre. Com muita frequência, outras espécies vegetais com aparência aproximada e semelhante odor característico são chamadas genericamente de erva-cidreira, nome pelo qual é mais conhecida.
O cultivo de melissa tem bom desenvolvimento em locais com clima temperado e subtropical, porém, a planta não tolera temperaturas muito elevadas nem muito frias. O excesso de sol forte e a falta de água provocam uma aparência de queimado nas bordas das folhas. Embora sem registros aqui, o florescimento da melissa ocorre no fim do verão, com o aparecimento de flores pequenas nas colorações branca, rosa e amarela.
RAIO-X
SOLO: fértil, com muita matéria orgânica e boa umidade
CLIMA: temperado e subtropical
ÁREA MÍNIMA: pode ser plantada em um vaso ou jardineira
COLHEITA: seis meses após o plantio
CUSTO: cerca de R$ 65 é o preço da lata de 50 gramas de sementes e de R$ 12 o da caixa de 2 gramas com 20 envelopes
MÃOS À OBRA
INÍCIO: Para comprar mudas de melissa, escolha um viveirista de confiança e que tenha referências de outros produtores e pesquisadores. No caso de sementes, há disponíveis em lojas de produtos agropecuários e também podem ser adquiridas diretamente em lojas produtoras. Certifique-se da qualidade do material para assegurar um plantio saudável e produtivo.
PLANTIO: A melissa pode ser propagada por sementes, estacas ou divisão de touceiras. Se a opção for por sementes, o plantio inicial ocorre em sementeiras ou, se preferir, diretamente no local definitivo. Distribua as sementes próximo à superfície do solo e, quando atingirem a altura de dez centímetros, faça o transplante das mudas. Na divisão de touceiras, o procedimento deve ser feito nos meses da primavera. As partes retiradas da matriz devem ser plantadas a cinco centímetros de profundidade em outro local - onde haja bastante luz solar, porém, sem excesso de calor.
AMBIENTE: Pode ser parcialmente sombreado e sempre protegido contra geadas e frio excessivo. Uma recomendação importante é cultivar melissa em solo fértil, com bom teor de matéria orgânica e boa umidade, mas o terreno deve ser bem drenado e livre de encharcamento.
ESPAÇAMENTO: Dependendo da fertilidade do solo, o espaçamento deve ser nas medidas de 0,4 a 0,6 metro entre linhas por 0,3 a 0,4 metro entre plantas.
CUIDADOS: A adubação deve ser realizada anualmente. Use composto orgânico (esterco curtido) de 30 a 50 toneladas por hectare ou três a cinco quilos por metro quadrado. Também faça adubações de cobertura a cada corte ou colheita, irrigações periódicas e controle de pragas e doenças. Retire plantas daninhas invasoras do local de plantio. É indicado renovar a cultura a cada três ou quatro anos.
PRODUÇÃO: A primeira colheita da plantação de melissa é permitida a partir do sexto mês depois do início do plantio. Faça o corte na planta a dez centímetros do solo. Após a evaporação do orvalho, pela manhã, é o melhor horário para a colheita. Use bandejas para secar as folhas ou, em feixes bem afastados, pendure-as em um varal.
Por: Gabrielly Melo

quarta-feira, 20 de maio de 2015

          Horta Suspensa usando garrafa pet 

O conceito da horta suspensa é totalmente ecológico, pois além de aproveitar pequenos espaços em casas, apartamentos, escritórios e escolas, visa o reaproveitamento de materiais que, se descartados inadequadamente, prejudicam o solo, a água e o ar.
Outra dica interessante é que essa forte tendência em paisagismo também proporciona uma alimentação mais saudável, já que hortaliças frescas possuem alto valor nutritivo.
Ter uma horta em casa não é difícil, mas exige um pouco de conhecimento para planejar o local e disciplina na hora de cuidar das plantas, para que elas se desenvolvam bem.
Como muitas pessoas hoje moram em locais com pouco espaço ou sem área verde, a alternativa é cultivar uma horta suspensa, cuja única exigência é um pouco de luz, ventilação e água. Se você tiver espaço para fazer um canteiro no jardim ou quintal será ótimo, mas também é possível cultivar sua horta em vasos e jardineiras, sejam no chão, na parede ou até no teto.
 Aprenda como fazer uma horta suspensa:
Você vai precisar de: 

• Garrafas PET, latas, canecas, escadas de madeira (para hortas nas paredes ou teto);
• Caixotes de madeira, tijolos, vasos, potes (para hortas no chão);
• Arames, barbantes ou fios;
• Ganchos, parafusos ou pregos;

• Mudas e sementes.


Não importa qual recipiente você utilizará para fazer a sua horta suspensa: o importante é que todos eles tenham pequenos furos na parte de baixo para o escoamento da água.
Encha o recipiente com a terra até ao meio, depois coloque as mudas ou sementes escolhidas e complete com a terra, deixando um espaço de um a dois centímetros da borda (no caso das mudas, cubra somente a raiz).
Para as hortas que irão ficar apoiadas na parede, você pode utilizar telas de metal para amarrar as garrafas PET uma ao lado da outra ou uma acima da outra – o que nesse caso parece ser mais interessante, pois a água que escoar das mudas de cima podem ser aproveitadas pelas mudas que estão embaixo.
Você também pode utilizar escadas de madeira que não são mais usadas e colocar os potes ou vasos sobre os degraus, apoiando-a na parede. Essa é uma boa opção devido à mobilidade para quem mora em locais onde bate sol o dia inteiro na varanda, por exemplo. Assim é possível deixar as plantinhas expostas apenas o período necessário pra evitar o excesso de sol.
Caso você não tenha espaço no chão ou nas paredes, a opção é fazer três ou quatro furos na borda do recipiente que você estiver usando (garrafa PET, vasinhos, latas), amarrar fios ou arames nos furos e prende-los em ganchos no teto da lavanderia, por exemplo. Você economiza espaço e ainda deixa o ambiente mais alegre.

A horta também pode ser feita em vasos e caixotes:

Assim pessoas que adotam esta ideia contribuem para com o meio ambiente .
Por Kerolly Lopes